Modos de Produção.
Quando vamos a
um supermercado e compramos gêneros alimentícios, bebidas, calçados, material
de limpeza, etc., estamos adquirindo bens. Da mesma forma, quando pagamos a
passagem do ônibus ou uma consulta medica, estamos pagando um serviço.
Ao viverem em
sociedade, as pessoas participam
diretamente da produção, da distribuição e do consumo de bens e serviços, ou
seja, participam da vida econômica da sociedade. Assim, o conjunto de
indivíduos que participam da vida econômica de uma nação é o conjunto de
indivíduos que participam da produção, distribuição e consumo de bens e
serviços. Ex: operários quando trabalham estão ajudando a produzir, quando, com
o salário que recebem, compram algo, estão participando
da distribuição, pois estão comprando bens e consumo. E quando consomem os bens
e os serviços que adquiriram, estão participando da atividade econômica de
consumo de bens e serviços.
Modos de Produção
O modo de
produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui.
O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e
pelas relações de produção existentes nessa sociedade.
Modo de produção = forças
produtivas + relações de produção
Portanto, o
conceito de modo de produção resume claramente o fato de as relações de
produção serem o centro organizador de todos os aspectos da sociedade.
Instrumentos de produção
• Matéria-prima – Elementos que, dentro do processo de produção, são transformados para constituírem o bem final. Ex: Natureza (recursos naturais)
• Instrumentos de Produção – São todas as coisas que direta ou indiretamente nos permitem transformar a matéria-prima num bem final. Ex: Ferramentas de trabalho, máquinas e local de trabalho.
• Meios de Produção: Matéria-prima + Instrumentos de Produção
• Forças Produtivas: Meios de Produção + Seres Humanos
• Modo de Produção: Forças Produtivas + Relações de Produção.
• Matéria-prima – Elementos que, dentro do processo de produção, são transformados para constituírem o bem final. Ex: Natureza (recursos naturais)
• Instrumentos de Produção – São todas as coisas que direta ou indiretamente nos permitem transformar a matéria-prima num bem final. Ex: Ferramentas de trabalho, máquinas e local de trabalho.
• Meios de Produção: Matéria-prima + Instrumentos de Produção
• Forças Produtivas: Meios de Produção + Seres Humanos
• Modo de Produção: Forças Produtivas + Relações de Produção.
Modo de produção
primitivo:
O modo de
produção primitivo designa uma formação econômica e social que abrange um
período muito longo, desde o aparecimento da sociedade humana. A comunidade
primitiva existiu durante centenas de milhares de anos, enquanto o período
compreendido pelo escravismo, pelo feudalismo e pelo capitalismo mal ultrapassa
cinco milênios.
Na comunidade
primitiva os homens trabalhavam em conjunto. Os meios de produção e os frutos
do trabalho eram propriedade coletiva, ou seja, de todos. Não existia ainda a
idéia da propriedade privada dos meios de produção, nem havia a oposição
proprietários x não proprietários.
As relações de
produção eram relações de amizade e ajuda entre todos; elas eram baseadas na
propriedade coletiva dos meios de produção, a terra em primeiro lugar.
Também não
existia o estado. Este só passou a existir quando alguns homens começaram a
dominar outros. O estado surgiu como instrumento de organização social e de
dominação.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
·
Os homens
trabalham em conjunto;
·
Os meios de produção e os frutos do trabalho é
propriedade coletiva;
·
Inexistência do Estado;
·
Viviam da coleta e do extrativismo;
·
Alimentavam-se de:- Frutos e raízes, da pesca e da
caça - Não havia a prática da agricultura e do pastoreio.
Modo de produção
escravista:
Na sociedade
escravista os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os
escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um instrumento, um
objeto, assim como um animal ou uma ferramenta.
Assim, no modo
de produção escravista, as relações de produção eram relações de domínio e de
sujeição: senhores x escravos. Um pequeno número de senhores explorava a massa
de escravos, que não tinham nenhum direito.
Os senhores
eram proprietários da força de trabalho (os escravos), dos meios de produção
(terras, gado, minas, instrumentos de produção) e do produto de trabalho.
Principais características:
Propriedades
do Senhor
• Meios de produção
• Terras.
• Instrumentos de produção.
• Escravos
Sociedade escravista
• Relações de produção são de domínio e sujeição.
• Senhores – Donos do produto do trabalho.
• Escravos – Sem direito algum.
• Meios de produção
• Terras.
• Instrumentos de produção.
• Escravos
Sociedade escravista
• Relações de produção são de domínio e sujeição.
• Senhores – Donos do produto do trabalho.
• Escravos – Sem direito algum.
Modo de produção asiático:
O modo de
produção asiático predominou no Egito, na China, na Índia e também na África do
século passado.
Tomando como
exemplo o Egito, no tempo dos faraós, vamos notar que a parte produtiva da
sociedade era composta pelos escravos, que eram forçados, e pelos camponeses,
que também eram forçados a entregar ao Estado o que produziam. A parcela maior
prejudicando cada vez mais o meio de produção asiático.
Predominou: Egito, China, Índia,
México (astecas), Peru (incas) e África.
• Parte Produtiva: Escravos Camponeses
• Escravos – Trabalhos forçados
• Camponeses – Entregavam ao Estado o que produziam
• Grupos Privilegiados: Sacerdotes, nobres, funcionários e guerreiros
• O excedente da produção – Segmentos improdutivos da sociedade.
• Parte Produtiva: Escravos Camponeses
• Escravos – Trabalhos forçados
• Camponeses – Entregavam ao Estado o que produziam
• Grupos Privilegiados: Sacerdotes, nobres, funcionários e guerreiros
• O excedente da produção – Segmentos improdutivos da sociedade.
Fatores que
determinaram o fim do modo de produção asiático: 1º A propriedade de terra pelos nobres; 2º O alto custo de manutenção dos setores improdutivos; 3º A
rebelião dos escravos.
Modo de produção feudal:
A sociedade
feudal era constituída pelos senhores x servos. Os servos não eram escravos de
seus senhores, pois não era propriedade deles. Eles apenas os serviam em troca
de casa e comida. Trabalhavam um pouco para o seu senhor e outro pouco para
eles mesmos.
Num
determinado momento, as relações feudais começaram a dificultar o
desenvolvimento das forças produtivas. Como a exploração sobre os servos no
campo aumentava, o rendimento da agricultura era cada vez mais baixo. Na
cidade, o crescimento da produtividade dos artesãos era freado pelos
regulamentos existentes e o próprio crescimento das cidades era impedido pela
ordem feudal. Já começava a aparecer às relações capitalistas de produção.
Predominou: Europa Ocidental
(Idade Média) até o séc. XVI e Japão séc. XVIII.
• Estrutura = Senhores * Servos.
• Relações de Produção: Propriedade do Senhor sobre a terra e um grande poder sobre o Servo.
• O servo não era escravo.
• O servo tinha o usufruto da terra.
• Relações de Produção: Propriedade do Senhor sobre a terra e um grande poder sobre o Servo.
• O servo não era escravo.
• O servo tinha o usufruto da terra.
• O servo pagava impostos, rendas e trabalhava as terras que
o senhor conservava para si.
• Os senhores feudais tinham o poder econômico (donos das terras) e poder político (faziam as leis).
• Os senhores feudais tinham o poder econômico (donos das terras) e poder político (faziam as leis).
Modo de produção
capitalista:
O que
caracteriza o modo de produção capitalista são as relações assalariadas de
produção (trabalho assalariado). As relações de produção capitalistas
baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, que
substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado, que substituiu o
trabalho servil do feudalismo. O capitalismo é movido por lucros, portanto
temos duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados.
O
capitalismo compreende quatro etapas:
Pré-capitalismo:
o modo de produção feudal ainda predomina, mas já se desenvolvem relações
capitalistas.
Capitalismo
comercial: a maior parte dos lucros concentra-se nas mãos dos comerciantes,
que constituem a camada hegemônica da sociedade; o trabalho assalariado
torna-se mais comum.
Capitalismo
industrial: com a revolução industrial, o capital passa a ser investido
basicamente nas indústrias, que se tornam à atividade econômica mais
importante; o trabalho assalariado firma-se definitivamente.
Capitalismo
financeiro: os bancos e outras instituições financeiras passam a controlar
as demais atividades econômicas, através de financiamentos à agricultura, a
industria, à pecuária, e ao comercio.
Causas da sua origem:
• O crescimento da população na Europa;
• O desenvolvimento das técnicas agrícolas;
• O renascimento comercial urbano;
Características:
• Relações assalariadas de produção;
• As relações de produção baseadas na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia;
• Relações de classe: Burguesia/Proletariado
Etapas do Capitalismo:
• Pré-capitalismo – Ainda dentro do Modo de Produção Feudal;
• Capitalismo Comercial – O lucro concentrado nas mãos dos comerciantes;
• Capitalismo Industrial – A Revolução Industrial traz o capital para ser investido na indústria;
• Capitalismo Financeiro – Bancos e instituições financeiras passam a controlar as demais atividades, financiando á agricultura, indústria, pecuária e comércio.
• O crescimento da população na Europa;
• O desenvolvimento das técnicas agrícolas;
• O renascimento comercial urbano;
Características:
• Relações assalariadas de produção;
• As relações de produção baseadas na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia;
• Relações de classe: Burguesia/Proletariado
Etapas do Capitalismo:
• Pré-capitalismo – Ainda dentro do Modo de Produção Feudal;
• Capitalismo Comercial – O lucro concentrado nas mãos dos comerciantes;
• Capitalismo Industrial – A Revolução Industrial traz o capital para ser investido na indústria;
• Capitalismo Financeiro – Bancos e instituições financeiras passam a controlar as demais atividades, financiando á agricultura, indústria, pecuária e comércio.
Modo de produção
socialista:
A base
econômica do socialismo é a propriedade social dos meios de produção, isto é,
os meios de produção são públicos ou coletivos, não existindo empresas
privadas. A finalidade da sociedade socialista é a satisfação completa das
necessidades materiais e culturais da população: emprego, habitação, educação,
saúde. Nela não há separação entre proprietário do capital (patrão) e
proprietários da força do trabalho (empregados). Isto não quer dizer que não
haja diferenças sociais entre as pessoas, bem como salários desiguais em função
de o trabalho ser manual ou intelectual.
Principais características:
·
Os meios de produção são públicos ou coletivos,
não existindo a propriedade privada;
·
Economia planificada, visando atender as
necessidades básicas da população;
·
O Comunismo é a etapa posterior do socialismo;
·
No Comunismo acabariam as diferenças sociais;
·
No Comunismo o Estado deixaria de existir.
Taylorismo:
Taylorismo ou
Administração científica é o modelo de administração desenvolvido pelo
engenheiro estadunidense Frederick Winslow Taylor (1856-1915), que é
considerado o pai da administração científica.
Taylor
pretendia definir princípios científicos para a administração das empresas.
Tinha por objetivo resolver os problemas que resultam das relações entre os
operários, como consequência modificam-se as relações humanas dentro da
empresa, o bom operário não discute as ordens, nem as instruções, faz o que lhe
mandam fazer.
Organização Racional do
Trabalho:
·Análise
do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: objetivava a isenção de
movimentos inúteis, para que o operário executasse de forma mais simples e
rápida a sua função, estabelecendo um tempo médio.
·Estudo
da fadiga humana: a fadiga predispõe o trabalhador à diminuição da
produtividade e perda de qualidade, acidentes, doenças e aumento da
rotatividade de pessoal.
·Divisão
do trabalho e especialização do operário
·Desenho
de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma
função, como executar e as relações com os demais cargos existentes.
·Incentivos
salariais e prêmios por produtividade
·Condições
de trabalho: O conforto do operário e o ambiente físico ganham valor, não porque
as pessoas merecessem, mas porque são essenciais para o ganho de produtividade.
·Padronização:
aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir os custos
·Supervisão
funcional: os operários são supervisionados por supervisores especializados, e
não por uma autoridade centralizada.
·Homem
econômico: o homem é motivável por recompensas salariais, econômicas e
materiais.
A empresa era vista como um sistema
fechado, isto é, os indivíduos não recebiam influências externas. O sistema fechado
é mecânico, previsível e determinístico.
Fordismo:
Idealizado pelo empresário estadunidense
Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company, o fordismo se
caracteriza por ser um método de produção caracterizado pela produção em série,
sendo um aperfeiçoamento do taylorismo.
Ford introduziu em suas fábricas as
chamadas linhas de montagem, nas quais os veículos a serem produzidos eram
colocados em esteiras rolantes e cada operário realizava uma etapa da produção,
fazendo com que a produção necessitasse de altos investimentos e grandes
instalações. O método de produção fordista permitiu que Ford produzisse mais de
2 milhões de carros por ano, durante a década de 1920. O veículo pioneiro de
Ford no processo de produção fordista foi o mítico Ford Modelo T, mais
conhecido no Brasil como "Ford Bigode".
O fordismo, teve seu ápice no período
posterior à Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, que ficaram
conhecidas na história do capitalismo como Os Anos Dourados. A crise sofrida
pelos Estados Unidos na década de 1970 foi considerada uma crise do próprio
modelo, que apresentava queda da produtividade e das margens de lucros. A
partir da década de 1980, esboçou-se nos países industrializados um novo padrão
de desenvolvimento denominado pós-fordismo ou modelo flexível (toyotismo),
baseado na tecnologia da informação.
Princípios fordistas:
1º Intensificação / 2º
Produtividade / 3º Economicidade
Toyotismo:
O toyotismo é um modo de organização da
produção capitalista que se desenvolveu a partir da globalização do capitalismo
na década de 1980. Surgiu no Japão após a II Guerra Mundial, mas só a partir da
crise capitalista da década de 1970 é que foi caracterizado como filosofia
orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção
global.
O Japão foi o berço da automação
flexível, pois apresentava um cenário diferente do dos Estados Unidos e da
Europa: um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassa, e
grande disponibilidade de mão de obra não especializada, impossibilitavam a
solução taylorista-fordista de produção em massa. A resposta foi o aumento na
produtividade na fabricação de pequenas quantidades de numerosos modelos de
produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerar divisas tanto para a
obtenção de matérias-primas e alimentos, quanto para importar os equipamentos e
bens de capital necessários para a sua reconstrução pós-guerra e para o
desenvolvimento da própria industrialização.
O sistema pode ser teoricamente caracterizado
por quatro aspectos:
·Mecanização flexível, uma
dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da inexistência de
escalas que viabilizassem a rigidez.
·Processo de
multifuncionalização de sua mão de obra, uma vez que por se basear na
mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão de
obra não podia ser especializada em funções únicas e restritas como a fordista.
Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação
de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do
trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada
para o enriquecimento do trabalho.
·Implantação de sistemas de
controle de qualidade total, onde através da promoção de palestras de grandes
especialistas norte-americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo
norte-americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas
muito caras, os japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema
fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles
amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de
qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os pontos
do processo produtivo.
·Sistema just in time que se
caracteriza pela minimização dos estoques necessários à produção de um extenso
leque de produtos, com um planejamento de produção dinâmico. Como indicado pelo
próprio nome, o objetivo final seria produzir um bem no exato momento em que é
demandado.
O Japão desenvolveu um elevado padrão de
qualidade que permitiu a sua inserção nos lucrativos mercados dos países
centrais e, ao buscar a produtividade com a manutenção da flexibilidade, o
toyotismo se complementava naturalmente com a automação flexível.
A partir de meados da década de 1970, as
empresas toyotistas assumiriam a supremacia produtiva e econômica,
principalmente pela sua sistemática produtiva que consistia em produzir bens
pequenos, que consumissem pouca energia e matéria-prima, ao contrário do padrão
norte-americano. Com o choque do petróleo e a consequente queda no padrão de
consumo, os países passaram a demandar uma série de produtos que não tinham
capacidade, e, a princípio, nem interesse em produzir, o que favoreceu o
cenário para as empresas japonesas toyotistas. A razão para esse fato é que
devido à crise, o aumento da produtividade, embora continuasse importante,
perdeu espaço para fatores tais como a qualidade e a diversidade de produtos
para melhor atendimento dos consumidores.
Conclusão
Para produzir os bens de consumo e de
serviço de que necessitamos, os homens estabelecem relações uns com os outros.
As relações que se estabelecem entre os homens na produção, na troca e na
distribuição dos bens são as relações de produção.
Nos últimos anos temos visto uma
revolução tecnológica crescente e que tem trazido novos direcionamentos
econômicos, culturais, sociais e educacionais à sociedade. A acelerada
transformação nos meios e nos modos de produção, causada pela revolução
tecnológica focaliza uma nova era da humanidade onde as relações econômicas
entre as pessoas e entre os países e a natureza do trabalho sofrem enormes
transformações.
SANTO, Pérsio. Introdução À Sociologia. Editora Ática. São
Paulo 2010.
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