quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

TRABALHO DE RECUPERAÇÃOA PARA 1ª SÉRIE DO CEAH

01. O que é etnocentrismo?
02. O que é preconceito?
03. De acordo com texto discutido em sala de aula diga é possível existir sociedade sem preconceito? Explique?
04. O que é discriminação?
05. De acordo com texto discutido em sala de aula diga o que difere o preconceito da discriminação?
06. De acordo com texto discutido em sala de aula diga, qual seria a causa do preconceito?
07. De acordo com a convenção 111 da Organização Internacional do Trabalho o que é discriminação?
08. O que diz a Constituição Federal sobre a discriminação no mercado de trabalho?
09. O que são estereótipos?
10. O que é racismo?
11. O que é preconceito racial?
12. O que é uma discriminação positiva?
13. De acordo com texto discutido em sala de aula diga o que difere racismo de preconceito racial?
14. De acordo com Goffman o que é estigma e quais os tipos existentes?
15. De acordo com texto discutido em sala de aula o que gera o estigma?

AULA PARA 2ª SÉRIE CEAH - ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL

Estratificação social.

     A expressão ESTRATIFICAÇÃO deriva de estrato, que quer dizer camada. Por estratificação entendemos: a distribuição de indivíduos e grupos em camadas hierarquicamente superpostas de uma sociedade.
       Tal distribuição se dá pela: posição social do indivíduo; atividade por ele exercida e pelo papel que desempenham na estrutura social.
       Normalmente consideram-se três tipos principais de estratificação social:
1) Estratificação econômica: baseada na renda ou posse de bens materiais, fazendo com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária;
2) Estratificação política: baseada na situação de mando na sociedade (grupos que têm e grupos que não têm poder);
3) Estratificação profissional: baseada nos diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional pela sociedade. Por exemplo, em nossa sociedade valorizamos muito mais a profissão de advogado do que a profissão de pedreiro.
        A estratificação social é a separação da sociedade em grupos de indivíduos que apresentam características parecidas, como por exemplo: negros, brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc.
        A estratificação é fruto das desigualdades sociais, ou seja, existe estratificação porque existem desigualdades.
        Existem sociedades em que os indivíduos nascem numa camada social mais baixa e podem alcançar, com o decorrer do tempo, uma posição social mais baixa ou mais elevada. Esse fenômeno é chamado de mobilidade social.
       A estratificação social indica a existência de diferenças, de desigualdades entre pessoas de uma determinada sociedade. Ela indica a existência de grupos de pessoas que ocupam posições diferentes.
       A estratificação social é a separação da sociedade em grupos de indivíduos que apresentam características parecidas, como por exemplo: negros, brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc.
        A estratificação é fruto das desigualdades sociais, ou seja, existe estratificação porque existem desigualdades. Podemos perceber a desigualdade em diversas áreas: Gênero (homem/mulher) / Raça / Economia (rico/pobre) / Religião ou Acesso aos meios de informação / Oportunidade de trabalho / Cultura / lazer / Acesso à educação              

As castas
     A sociedade de castas é marcada pela rigidez na hierarquização. Baseia-se na hereditariedade, na profissão, na etnia, na religião, determinando uma situação de respeitabilidade. A definição desses critérios ocorre a partir de um conjunto de valores, hábitos e costumes definidos pela tradição.
       O sistema de castas assenta-se numa relação de privilégios que alguns indivíduos possuem em detrimento dos demais. Esse tipo de organização social parte do pressuposto de que os direitos são desiguais por natureza, uma vez que os elementos que os caracterizam são definidos fora dos indivíduos.
       Os pertencentes à casta inferior eram considerados impuros e não podiam nem sequer prestar serviços aos membros das outras castas superiores. A idéia era de que tudo o que os impuros tocassem ficava contaminado, seja alimento, água ou roupa.
       Apenas as castas puras (superiores) eram consideradas aptas a desempenhar funções públicas e a participar de determinadas atividades religiosas. As castas impuras eram praticamente segregadas, a elas não sendo permitido frequentar escolas, templos etc.
      De forma absolutamente generalizada, é possível dizer que as quatro castas principais na Índia, durante muito tempo, foram:
1.    Brâmane (casta superior a todas), A eles compete preservar a ordem social sob a orientação divina.
2.    Xátrias (casta intermediária formada pelos guerreiros), guerreiros que formam a aristocracia militar; entre eles estão governantes de origem principesca, que têm a função de proteger a ordem social e o sagrado saber.
3.    Váixá é a terceira grande casta, são os comerciantes, os artesãos, os camponeses.
4.    Sudra (constituída por pessoas executam os trabalhos manuais e as ocupações servis de toda espécie e constituem a casta mais baixa).
          Pária (grupo de miseráveis, sem direito a quaisquer privilégios, sem profissão definida e que só inspiram nojo e repugnância às demais castas; a dos impuros).
Por influência da religião, o sistema de castas está arraigado no íntimo de cada hindu, sendo difícil desmontá-lo.

Sociedade Estamental.   
       Estamentos ou estado é uma camada social semelhante à casta, porém mais aberta. Na sociedade estamental a mobilidade social vertical ascendente é difícil, mas não impossível como na sociedade de castas.
   Na sociedade feudal os indivíduos só muito raramente conseguiam ascender socialmente. Essa ascensão era possível em alguns casos: quando a Igreja recrutava, em certas ocasiões, seus membros entre os mais pobres; quando os servos eram emancipados por seus senhores; caso o rei conferisse um título de nobreza a um homem do povo; ou, ainda, se a filha de um rico comerciante se casasse com um nobre, tornando-se, assim, também membro da aristocracia. Eram situações difíceis de acontecer; normalmente as pessoas permaneciam no estamento em que haviam nascido.
     A pirâmide social do estamento durante o feudalismo apresentava-se da seguinte maneira: (l. nobreza a alto clero, 2. comerciantes, adesões e baixo clero, 3. servos).
      A possibilidade de mobilidade de um estamento para outro existia, mas era muito controlada, ainda que factível – alguns chegaram a conseguir títulos de nobreza, o que, no entanto, não significava obter o bem maior, que era a terra. Ela era à base de toda riqueza e poder na sociedade feudal, tornando os indivíduos livres e poderosos. A propriedade da terra definia o prestígio e poder dos indivíduos. Os que não a possuíam eram dependentes, econômica e politicamente, além de socialmente inferiores.
       O que explica, entretanto, a relação entre os estamentos é sempre uma relação de reciprocidade. No caso da sociedade feudal, existia sempre uma série de obrigações dos servos para com os senhores (trabalho) e destes para com os servos (proteção), ainda que camponeses e servos estivessem sempre em situação de inferioridade.
      Sem nenhuma dúvida, a organização social baseada em estamentos também produz, como na sociedade de castas, uma situação de privilégio para alguns indivíduos. O caso da sociedade estamental, os privilégios estavam diretamente ligados à honra e a terra.
     Aqueles que dominavam (a nobreza e o clero) eram os que se situavam melhor no código de honrarias que vigorava naquela sociedade.

Classe social
        Desenvolvido pelo pensador alemão Karl Marx, o conceito de classe social parte de premissas próprias, segue critérios específicos e sua aplicação leva a conclusões totalmente diferentes das que podem ser encontradas nos estudos que analisam a sociedade segundo o modelo descritivo da estratificação social.
        Para Marx, a história da humanidade é "a historia da luta de classes". Segundo ele, portanto, a classe social é acima de tudo uma categoria histórica. Quando Marx se refere as duas grandes classes do capitalismo - a burguesia e o proletariado -, está designando duas forças motrizes e concretas do modo de produção capitalista, um sistema econ6mico historicamente determinado.
     O próprio Marx, no entanto, não reivindicava a descoberta das classes sociais nem da luta de classes, mas sim a "demonstração de que a existência das classes só se liga a determinadas fases históricas de desenvolvimento da produção". Marx atribula uma importância particular aos conflitos entre as classes. Para ele, são esses conflitos que constituem 0 principal fator de mudança social. Esses movimentos, portanto, imprimiriam movimento e dinamismo à sociedade.
     “Para Karl Marx, a classe capitalista (burguesia) precisa da classe operária (proletariado) para produzir, criar riquezas e fazê-las circular”. “Existe, assim, uma relação de complementaridade entre as duas grandes classes do modo de produção capitalista”.
    Por outro lado, as classes sociais mudam ao longo do tempo, conforme as circunstâncias econômicas, políticas e sociais. As contradições que mantêm entre si forjam e estruturam a própria sociedade. Quando os conflitos chegam a um ponto insuportável, ocorre uma revolução que transforma a sociedade, modificando 0 modo de produção.
     Foi o que aconteceu, com o feudalismo: uma nova classe (a burguesia) derrubou um velho estamento (a nobreza), gerando a sociedade capitalista. A Revolução Francesa de 1789 foi uma das expressões dessa transformação.
       Mas a nova sociedade capitalista, na concepção de Marx, já começou dividida em duas grandes classes conflitantes: a burguesia (proprietária dos meios de produção) e o proletariado, ou classe operária, que só tem de seu a torça de trabalho.
       Essa divisão baseada no regime de propriedade faz com que uma classe seja dominante, e a outra, dominada, numa relação sistemática de dominação e exploração.
         Assim, a teoria das classes não se limita a descrever as divisões da sociedade em camadas, como faz o modelo da estratificação social, mas procura explicar como e por que elas ocorrem historicamenteAs classes sociais só existem a partir da relação que estabelecem entre si. Nesse sentido, as classes são, além de antagônicas, necessariamente complementares. A burguesia, por exemplo, não pode existir sem o proletariado.
        Complementares, porque são elas que fazem funcionar o sistema. Antagônicas, porque uma delas (a burguesia) se apropria do trabalho da outra (o proletariado), o que gera o conflito permanente.

Desigualdades de riqueza, prestígio e poder.
        Max Weber, ao analisar a estratificação social em uma sociedade, parte da distinção entre as seguintes dimensões:
·         Econômica - quantidade de riqueza (posses e renda) que as pessoas possuem;
·         Social - status ou prestígio que as pessoas ou grupos têm, seja na profissão, seja no estilo de vida;
·         Política - quantidade de poder que as pessoas ou grupos detêm nas relações de dominação em uma sociedade.
     Partindo dessas três dimensões, ele afirma que muitas pessoas podem ter renda e posses, mas não prestígio, nem status, nem posição de dominação. Um indivíduo que recebe uma fortuna inesperada, por exemplo, não conquistará, necessariamente, prestígio ou poder.
    Outras podem ter poder e não ter riqueza correspondente à dominação que exercem. Exem­plos disso são pessoas ou grupos que se instalam nas estruturas de poder estatal e burocrático e ali permanecem durante muito tempo.
    Outras pessoas, ainda, podem ter certo sta­tus e prestígio na sociedade, mas não possuir ri­queza nem poder. Por exemplo, certos artistas da televisão ou intelectuais consagrados.
   Weber concebe, assim, hierarquias sociais baseadas em fatores econômicos (as classes), em prestígio e honra (os grupos de status) e em poder político (os grupos de poder).
       Para ele, classe é todo grupo humano que se encontra em igual situação de classe, isto é, os membros de uma classe têm as mesmas oportunidades de acesso a bens, a posição social e a um destino comum. Essas oportunidades são derivadas, de acordo com determinada ordem econômica, das possibili­dades de dispor de bens e serviços.
       Max Weber também escreve sobre as lutas de classes, mas, diferentemente de Marx, afirma que elas ocorrem também no interior de uma mesma classe. Se houver perda de prestígio, de poder ou até de renda no interior de uma classe ou entre classes, poderão ocorrer movimentos de grupos que lutarão para mantê-Ios e, assim, resistirão às mudanças. Ele não vê a luta de classes como o motor da história, mas como uma das manifestações para a manutenção de poder, renda ou prestígio em uma situação histórica específica. Essa perspectiva permite entender muitos movimentos que aconteceram desde a Antiguidade até hoje.
     Há um conjunto de autores na Sociologia desenvolvida nos Estados Unidos que caracterizam a sociedade moderna como desigual, mas declaram que há possibilidades de ascensão social de acordo com as oportunidades oferecidas aos indivíduos.

Mobilidade social.
Mobilidade social: é a mudança de posição social de uma pessoa (ou grupo de pessoas) num determinado sistema de estratificação social.
a) Mobilidade social vertical: quando as mudanças de posição social ocorrem no sentido ascendente ou descendente na hierarquia social. Pode ser:
- Ascendente ou de ascensão social: quando a pessoa melhora no sistema de estratificação social, passando a integrar um grupo economicamente superior.
- descendente ou de queda social: quando a pessoa piora de posição no sistema de estratificação, passando a integrar um grupo economicamente inferior.
b) Mobilidade social horizontal: é a mudança de posição social dentro da mesma camada social.
OBS: a mobilidade social ascendente é mais frequente numa sociedade democrática aberta, que enaltece a escalada rumo ao topo de indivíduos de origem humilde – como nos Estados Unidos, do que no interior da Índia.

QUESTÕES PARA ESTUDO:
01. Estabeleça a relação entre estratificação social e mobilidade social

02. Compare a mobilidade social nas sociedades de castas, estamentos e classes sociais. Se preferir, faça um quadro ou esquema.

03. Em que estrato a mobilidade social ocorre com mais facilidade? Justifique sua resposta.

04. Pesquise dados que possibilitem formar uma idéia sobre a estratificação social no Brasil de hoje.

05. Faça um quadro com as principais características dos três sistemas de estraficação social.

Questões objetivas:
1. O que entendemos por distribuição dos indivíduos e grupos em camadas hierarquicamente superpostas dentro de uma sociedade. Essa distribuição se dá pela posição social dos indivíduos, das atividades que eles exercem e dos papéis que desempenham na estrutura social. A essa descrição denominamos de:
( ) classe social                      ( ) mobilidade social
( ) estratificação social           ( ) divisão social

2. São tipos de estratificação social, exceto:
( ) estratificação econômica              ( ) estratificação política
( ) estratificação profissional             ( ) estratificação religiosa

3. Existem sociedades em que os indivíduos nascem numa camada social mais baixa e podem alcançar, com o decorrer do tempo, uma posição social mais elevada. Esse fenômeno é conhecido como:
( ) mobilidade social                 ( ) estamentação
( ) estratificação social             ( ) castação

4. Sociedades em que, mesmo usando toda a sua capacidade e empregando todos os esforços, o indivíduo não consegue alcançar uma posição social mais elevada. Esse tipo de sociedade é conhecida como:
( ) classe social                              ( ) castas.
( ) estamento                                 ( ) feudalismo.

5. No capitalismo moderno, a sociedade é dividida em:
( ) classe social                      ( ) mobilidade social
( ) estratificação social           ( ) estamento social

6. Em 2009, uma emissora de TV brasileira exibiu, no horário nobre, uma telenovela chamada Caminhos da Índia que mostrava um pouco dos costumes e hábitos dos indianos.
Como está organizada a sociedade indiana?
( ) classe social                         ( ) castas sociais
( ) estamentos sociais                ( ) estados sociais

7. A pirâmide social da sociedade estamental durante o feudalismo europeu apresentava no alto a/o:
( ) camponeses e baixo clero        ( ) servo               
( ) nobreza e alto clero                 ( ) comerciantes 

8. Conceito fundamental de Marx no entendimento da sociedade capitalista:
( ) harmonia de classes        ( ) divisão de classes              
( ) manipulação de classes   ( ) luta de classes

9. Quais são os dois grupos antagônicos na sociedade capitalista?
( ) burgueses e proletários     ( ) livres e escravos
( ) patrícios e plebeus           ( ) senhores e servos


10. Entre a burguesia e o proletariado existem outros grupos que se movem entre as duas classes fundamentais, oscilando de uma para a outra. Como são denominados genericamente esses grupos?
( ) classes intermediárias          ( ) classes altas
( ) classes médias                      ( ) classes baixas



[1] A introdução da lei diz: Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.
[2] Parágrafo 175, conhecido formalmente como §175 StGB e também como "Section 175" na língua inglesa, foi uma medida do Código Criminal Germânico em vigor de 15 de maio de 1871 a 10 de março de 1994. O Parágrafo 175 considerava as relações homossexuais como crime, sendo que nas primeiras edições também criminalizava as relações sexuais humanas com animais, conhecidas como bestialidade.
O dispositivo legal sofreu várias emendas ao longo do tempo. Quando os nazistas assumiram o poder em 1935, as condenações através do Parágrafo 175 aumentaram na ordem de magnitude de 10 vezes.

[1] Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleoCaracterísticas do Neoliberalismo (princípios básicos): - mínima participação estatal nos rumos da economia de um país; - pouca intervenção do governo no mercado de trabalho; - política de privatização de empresas estatais; - livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização; - abertura da economia para a entrada de multinacionais; - adoção de medidas contra o protecionismo econômico; - desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
- diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente; - posição contrária aos impostos e tributos excessivos; - aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico; - contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços; - a base da economia deve ser formada por empresas privadas;

domingo, 16 de novembro de 2014

AULA PARA 3ª SÉRIE DO C.E.J.E. M.S.


                                                          Aula 1: O que é alienação?
Alienado!
Virou até xingamento, mas o que é que isso significa mesmo?
Machado de Assis tem um excelente livro que se chama O Alienista. Se ainda não leu, recomendo. O “bruxo do Cosme velho” ( O escritor brasileiro, genial, ganhou esse apelido porque morava no bairro Cosme velho, aquele que tem logo na saída do túnel Rebouças, na capital). Mas estamos saindo do tema... No alienista, Machado de Assis conta uma história que se passa num hospício e alienista é o médico dos loucos.
Então, quando dizem “alienado” querem dizer louco?
Nem sempre! É que alienação tem vários sentidos. Vamos conhecer alguns deles?
Quando falamos de alienação no sentido legal, ou seja, juridicamente, significa a perda de um bem, um direito pela venda de algo, hipoteca. Por exemplo, quando você compra um carro com financiamento bancário o carro só será seu quando terminar de pagar. O carro, o bem que você adquiriu, fica alienado e se você não pagar o banco ficará com ele.
No dia a dia chamamos de alienado aquela pessoa desinteressada do que acontece no mundo e vive sem se ligar em questões fundamentais da vida: como a política, por exemplo.
E como vimos, existem também os alienados mentais que é quando alguém está com a as faculdades mentais prejudicadas. Vulgarmente falando: os loucos.
Observe que em todos os sentidos, aqui apresentados, alienação tem relação com perder alguma coisa: um bem material, o controle de si mesmo, a consciência e a compreensão sobre os fatos que se sucedem.
Vamos pedir ajuda para a língua portuguesa: etimologicamente a palavra alienação vem do latim Alienare, alienus e que significa “que pertence a um outro” E outro é alius.
Alienar, portanto é tornar alheio, é transferir para outro o que é seu.
Agora ficou fácil: alienar é transferir para outro o que é seu.
Rousseau, um importante filósofo francês da modernidade, diz que a soberania de um povo é inalienável.
“A soberania não pode ser representada pela mesma razão porque não pode ser alienada, consiste essencialmente na vontade geral e a vontade absolutamente não se representa. É ela mesma ou é outra.” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social.)
Ao dizer que a soberania de um povo é inalienável (contrário de alienável) ele está afirmando que a soberania é sempre do povo, pertence ao povo de um país.
Lembre-se sempre disso quando pensar na democracia representativa que vivemos. Elegemos nossos representantes, mas o poder é sempre do povo e não dos políticos. Por isso a imagem do povo tomando o prédio do Congresso nacional, no dia 17 de junho de 2013, emocionou tanto os brasileiros. Andávamos esquecidos disso.
Mas a partir de agora nós vamos centrar na noção de alienação na produção. Afinal, daqui a pouco você vai terminar o Ensino Médio e vai participar mais ativamente do mundo do trabalho.
Gostaríamos que você pudesse se engajar nas lutas trabalhistas e se apropriar não somente do termo alienação, mas da sua própria vida, de tal maneira que a exploração capitalista tenha menos espaço na sua trajetória. Até porque, infelizmente, a alienação não é somente uma teoria.
A alienação se dá na vida, a partir da divisão social do trabalho, quando o produto do trabalho não é mais do trabalhador, mas do patrão. Não é nada fácil, mas tomar consciência do que é, como é, e o por qual motivo a alienação existe vai ajudá-lo a fazer escolhas melhores. Pode apostar nisso!
Vamos situar isso na história do trabalho humano?
Tudo começou, ou melhor, se intensificou na Revolução Industrial. Antes das fábricas, nós, os seres humanos, produzíamos o que precisávamos consumir em pequenas escalas, em pequenas oficinas domésticas. Nesse tempo, o trabalhador conhecia todas as etapas da produção do seu trabalho e os mestres ensinavam aos seus aprendizes que se tornariam, um dia, mestres também.
Depois surgiram a fábricas, e produzir se tornou mais complexo. Nas fábricas cada trabalhador faz uma pequena parte do produto.
O trabalhador não era mais dono do produto que fabricava. Ele não era mais dono do seu tempo. Na fábrica vende-se a força de trabalho para o patrão em troca de um salário. Ou seja, o trabalhador não trabalha mais pra ele, mas para a fábrica em troca de um salário. O trabalhador aceita o trabalho sem escolher o salário, sem escolher o ritmo do seu trabalho e o tempo do trabalhador não é mais dele. E tudo que o trabalhador fará no seu tempo dentro da fábrica pertence ao patrão que venderá os produtos pelo preço que quiser, segundo a lei da oferta e da procura. O patrão buscará sempre o lucro, mas esse não será refletido no salário do trabalhador. Servirá para enriquecer mais o patrão que é o dono das máquinas.
Olha a alienação aí: o trabalhador não mais se comanda. É comandado por forças externas. O mercado de trabalho, a lei da oferta e da procura determina sua vida. Sua vida passa a ser controlada por outro.
A mercadoria que o trabalhador da fábrica produz é superior a ele. A isso chamamos de fetichismo da mercadoria. O dinheiro, O CAPITAL, o lucro, passa a ser o mais importante. Mais importante do que o próprio homem que trabalha. O trabalhador fica desumanizado, “coisificado” (de coisa), pois ele mesmo é visto como mercadoria, pois a sua força de trabalho tem um preço específico no mercado.
A divisão do trabalho foi descrita num livro chamado Princípios de administração científica, de Frederick Taylor (1856-1915). Nesse livro, ele estabelece um método de racionalização da produção. O taylorismo visava aumentar a produtividade economizando tempo, suprimindo gastos desnecessários no processo produtivo.
Henry Ford, da indústria automobilística entendeu bem isso e levou os ensinamentos para a indústria automobilística. E o século XX conheceu o sucesso do sistema de linha de montagem.
Sem dúvida deu muito certo para produzir mais em menos tempo. Henri Ford e muitos outros ficaram milionários. Rapidamente a lógica da produtividade saiu das fábricas e tomou conta de outros setores da vida humana. Tempo é dinheiro. Slogan conhecido por todos nós e que guarda essa perversidade da lógica da fábrica predominar na nossa maneira de viver.
O homem reduzido a gestos mecânicos foi retratado em Tempos Modernos, filme clássico de Charles Chaplin. Se não assistiu ainda, assista!
Foi dada a largada para a caça de postos mais altos, onde os trabalhadores oprimidos sobem de posto e passam a oprimir outros trabalhadores. Assim é no capitalismo selvagem. Termo cunhado para indicar que o caminho do ser humano não pode ser esse. Um homem não pode ser e nem deve se deixar ser explorado por outros homens.
Lembre-se de toda essa história ao fazer suas opções no mundo do trabalho. Sabemos que não é nada fácil, mas com consciência e sem se deixar enganar por falsas ilusões você poderá trilhar um caminho honesto e digno, contribuindo para que a solidariedade entre os homens possa aos pouco substituir a competitividade que essa forma de produção acabou por intensificar gerando tantas injustiças sociais.
Marx tentou fazer uma revolução contra o capitalismo. Ele clamava: Trabalhadores do mundo uni-vos!
Revoluções aconteceram em alguns lugares do mundo, mas nenhuma delas foi suficiente para acabar de vez com a opressão de um ser humano sobre outro ser humano. Continuamos tentando e esperamos que você faça a sua parte para um mundo melhor e mais justo para todos.

TRABALHO 0 1:
Questão 01- Vimos alguns sentidos para a palavra alienação. Cite dois deles.
Questão 02- Explique com suas palavras a relação do conceito de alienação na produção com a divisão social do trabalho.
Questão 03- No dia 17 de junho de 2013, protestos simultâneos tomaram as ruas das principais cidades brasileiras. Em Brasília, milhares de pessoas, a maioria jovem, romperam o cerco policial e subiram no teto do congresso nacional. Observe a foto abaixo e faça uma consideração sobre esse movimento que ficou conhecido como a marcha do vinagre , estabelecendo uma relação sobre poder e democracia visto na aula de hoje.

Aula 02: Conceito de Ideologia.
Ideologia é um termo que possui diferentes significados e duas concepções: a neutra e a crítica.  A neutra Ideologia é um conjunto de crenças, valores e atitudes culturais que servem de base e, por isso, justificam até certo ponto e tornam legitimo o “status quo” ou movimentos para mudá-lo.
A ideologia não pode ser compreendida apenas como um conjunto de idéias, que pelos mais diferentes meios (meios de comunicação de massas, escola, igrejas, etc.) são enfiados na cabeça dos indivíduos.  Isto levaria ao equívoco de conceber uma ação anti-ideológica como a simples troca de velhas por “novas” idéias.       
Quando, numa sociedade de classes, uma delas detém os meios de produção tende a deter também os meios para universalizar sua visão de mundo e suas justificativas ideológicas a respeito das relações sociais de produção que garantem sua dominação econômica.  “As idéias da classe dominante são em cada época as idéias dominantes.”               
 “Esta universalização da visão de mundo da classe dominante se explica não apenas pela posse dos meios ideológicos e de difusão, mas também e fundamentalmente pela correspondência que encontra nas relações concretas assumidas pelos indivíduos e classes.  Não são ‘simples ideias’, como afirma Marx:”.
Isso mesmo também pode definir Ideologia como um conjunto de idéias, concepções, opiniões sobre algum tema, quando perguntamos, por exemplo, qual é a ideologia de um determinado pensador, estamos nos referindo à doutrina, a um conjunto de posicionamentos e idéias seguidos por ele diante determinados fatos.
            Do ponto de vista marxista, a maioria das ideologias reflete os interesses de grupos dominantes, como maneira de perpetuar sua dominação e privilégio. A ideologia é um conceito que denota "falsa consciência": uma crença mistificaste que é socialmente determinada e que se presta a estabilizar a ordem social vigente em benefício das classes dominantes. Quando a ideologia da classe dominante sofre sérios abalos, devido ao surgimento de conflitos sociais (contradições sociais), há riscos de ocorrer uma ruptura da ordem social vigente por um movimento revolucionário.
Cabe aqui citarmos também outra definição de ideologia, muito importante, a do pensador Antonio Gramsci, para ele a ideologia significava uma concepção de mundo, manifestando-se de modo tácito na arte, no direito, na atividade econômica, enfim em todas as manifestações da vida, e ainda de acordo com Gramsci, a ideologia tem por função conservar a unidade de toda sociedade.
Segundo Gramsci, as ideologias: “(…) organizam as massas humanas, formam o terreno sobre o qual os homens se movimentam, adquirem consciência de sua posição, lutam, etc.”.        
A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas dar-lhes à aparência de indivisão e de diferenças naturais entre os seres humanos. Indivisão: apesar da divisão social das classes, somos levados a crer que somos todos iguais porque participamos da idéia de “humanidade”, ou da idéia de “nação’ e “pátria”, ou da idéia de “raça”, etc. Diferenças naturais: somos levados a crer que as desigualdades sociais, econômicas e políticas não são produzidas pela divisão social das classes, mas por diferenças individuais dos talentos e das capacidades, da inteligência, da força de vontade maior ou menor, etc.
Para compreender melhor, leia o quadro abaixo:
Característica
O que faz?
Exemplo
Prescrição de normas
Orienta as ações humanas. Modelam os interesses humanos. / Diz o que se deve fazer, pensar ou expressar
A ideia de monogamia faz com que homens e mulheres a achem justa
Representação da realidade
Dá sentido à realidade humana.
Se utiliza de símbolos e criação mental.
O conceito de pátria ou o sentimento patriótico
Generalização do particular
Trata o específico como exemplo de um fenômeno geral.
Todos os alunos (as) de uma determinada turma são iguais
Inversão da realidade
Esconde as reais causas de um fenômeno.
O MST não luta pela reforma agrária, mas invade as terras.
Naturalização das ações humanas
Torna normal e natural aquilo que é histórico e contingente.
A desigualdade entre os homens e mulheres é normal. Por isso devem ser tratadas de forma inferiorizada.
Reificação da realidade
As coisas aparecem com vida própria, ou seja, coisas inertes ganham aspectos naturais, não construídas pelos homens.
Os salários não expressam relações desiguais de trabalho, mas são apenas salários
A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as ideias.
            Por exemplo, a ideologia afirma que somos todos cidadãos e, portanto, temos todos os mesmos direitos sociais, econômicos, políticos e culturais. No entanto, sabemos que isso não acontece de fato: as crianças de rua não têm direitos; os idosos não têm direitos; os direitos culturais das crianças nas escolas públicas é inferior aos das crianças que estão em escolas particulares, pois o ensino não é de mesma qualidade em ambas; os negros e índios são discriminados como inferiores; os homossexuais são perseguidos como pervertidos, etc.
            A maioria, porém, acredita que o fato de ser eleitor, pagar as dívidas e contribuir com os impostos já nos faz cidadãos, sem considerar as condições concretas que fazem alguns serem mais cidadãos do que outros. A função da ideologia é impedir-nos de pensar nessas coisas.
            Em sentido mais geral, a cultura de todos os sistemas sociais inclui uma ideologia que serve para explicar e justificar sua existência como estilo de vida.


                   Avaliação

 01. (UERJ 2009)   Ideologia ( Cazuza e Frejat)


“Meu partido é um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Ah, eu nem acredito
Que aquele garoto que ia mudar o mundo (Mudar o mundo)
Frequenta agora as festas do “Grand Monde”
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia Eu quero uma pra viver”
A palavra "ideologia" é dicionarizada ora como "conjunto de ideias, pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo", ora como "conjunto de ideias que visa à manipulação e à alienação das pessoas".
Os versos que melhor se relacionam à primeira e à segunda acepções, respectivamente, são:
A) Os meus sonhos foram todos vendidos"/ Eu vou pagar a conta do analista (v. 4 e 19)
B) Meus heróis morreram de overdose / É um coração partido (v. 10 e 2)
C) Eu quero uma pra viver" / Frequenta agora as festas do ‘Grand Monde(v. 13 e 9)
D) Meu sex and drugs não tem nenhum rock'n'roll / "(Mudar o mundo) (v. 18 e 22)

02. Com referência a ideologia, assinale a opção correta.
A) É um conjunto de ideias, valores, concepções ou opiniões acerca de pontos não-sujeitos a discussões.
B) Constitui, de acordo com Marilena Chauí, um corpo não sistematizado de representações e normas que nos ensinam a pensar e agir em sociedade.
C) Implica, em sua visão negativa, assumir que as diferenças de classe e os conflitos sociais são ocultos ou justificados em nome de uma sociedade justa e harmônica.
D) É para Marx, de tal maneira insidiosa, que somente aqueles que a utilizam como instrumento de dominação percebem o seu caráter ilusório.

03. Quando se fala em ideologia como visão distorcida das relações sociais, forma alienada de ver a realidade, queremos mostrar, por meio do pensamento marxiano, que “a função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas, dar-lhes a aparência de indivisões e de diferenças naturais entre os seres humanos”. Quando Chaui refere-se a dar falsas aparências e dissimular relações sociais, ela, sobretudo, ressalta a concepção marxista de ideologia construída em cima principalmente de uma crítica às visões sobre o mesmo tema que tinham os jovens hegelianos. Marcelo D. M. Ideologia e ocultamento no pensamento marxiano. Internet: http://www.ucpel.tche.br/
A partir desse texto, assinale a opção correta a respeito das ideias de Marx.
A) O conceito de alienação da produção refere-se apenas à ocultação dos lucros obtidos a partir da exploração do trabalho assalariado.
B) A alienação filosófica acontece quando o Estado representa os interesses da burguesia hegemônica.
C) A democracia representativa é instrumento de alienação das classes trabalhadoras, na medida em que o Estado representa apenas os interesses das classes dominantes.
D) A recuperação da condição humana só poderá ocorrer por meio da transformação e evolução contínua do capitalismo.

04. (Ueg 2009) Ideologia é um conceito 
(__) desenvolvido por Marx e significa uma falsa consciência produzida pelos especialistas no trabalho intelectual. 
(__) desenvolvido por Weber e significa um processo de passagem da ética protestante para o espírito do capitalismo. 
(__) que significa anomia, para Durkheim; alienação, para Marx; e racionalização, para Weber. 
(__) criado por Durkheim e significa ausência de leis e regras na sociedade. 

05. (Uem 2011) Assinale o que for correto sobre o conceito de ideologia. 
(__) Expressa a visão social de mundo de um grupo ou classe social que se impõe ou busca a imposição sobre outro. 
(__) Define as escolhas dos indivíduos e age sobre eles como um corpo sistemático de representações e de normas. 
(__) Gera processos de identificação e aceitação de comportamentos, condenando as condutas desviantes. 
(__) Pretende reproduzir a sociedade e a estrutura de classes que nela se estabelece. 
(__) Mantém independência dos processos cotidianos da vida social, tendo suporte nas relações estabelecidas no mundo do trabalho.

06. (PITÁGORAS) Comumente ouvimos falar do modo de vida americano, o american way of life. Trata-se de um ideal muito difundido nos Estados Unidos, o qual estabelece a felicidade como resultado necessário do trabalho individual, que é recompensado com o acesso ao consumo de determinados bens. Sob o ponto de vista de certo marxismo, isso não passa de uma ___________ burguesa, a qual identifica no mercado a garantia de sustentação dos seus privilégios de classe.
INDIQUE a palavra que melhor completa o trecho lido.
A) Ideologia.                                B) Conspiração.                         C) Indústria cultural.
D) Percepção.                               E) Alienação.

07. (UnB/Cespe) Acerca da relação entre ideologia e consumo, assinale a opção correta.
A) A propaganda comercial tem como objetivo vender um produto, serviço ou marca ao consumidor, o que
a descaracteriza como propaganda ideológica.
B) O apelo da propaganda comercial, sempre racional, enfatiza as virtudes do produto.
C) A propaganda exerce uma função modelizante, visto que define o comportamento socialmente aceito,
por meio da veiculação dos valores das classes hegemônicas.
D) A publicidade vende conceitos e ideias que, raramente, extrapolam as características do produto.

08. (VUNESP) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiram características novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem branco marcaram o auge da hegemonia européia. Assinale a alternativa que encerra, no plano ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas:
A) A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, era algo inimaginável para os ocidentais.
B) A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente.
C) A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano.
D) A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos viajantes naturalistas contribuíram para quebrar a resistência cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas.   
E) O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas colonizadas em contato com o mundo exterior.

09. Um dos conceitos mais importantes da obra de Karl Marx é o de ideologia. Em relação a ele, é correto afirmar que:
A) a ideologia seria a representação fiel da realidade, por estar intimamente vinculada às condições sociais de produção;
B) a divisão entre o trabalho manual e intelectual levou ao fim da ideologia;
C) a ideologia, quando promovida pelos intelectuais, seria algo abstrato, pois se partia das ideias e não da prática, da vida real;
D) a ideologia era um elemento que possibilitaria o fim da luta de classes e o surgimento do socialismo;
E) o processo histórico seria determinado pela ideologia, que teria por base a formação econômica, política e social das sociedades humanas;

10. ( UEL ) De acordo com K. Marx, uma situação semelhante à descrita no texto, em que trabalhadores isolados em suas tarefas no processo produtivo “não percebem seus colaboradores na mesma obra, nem tem ideia dessa obra comum”, é explicada pelo conceito de:
A) Alienação.                           B) Ideologia.                          C) Estratificação.
D) Anomia social.                    E) Identidade social.