sexta-feira, 15 de junho de 2012


Mito ou Lenda?


Lendas são narrativas transmitidas oralmente pelas pessoas com o objetivo de explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Para isso há uma mistura de fatos reais com imaginários. Misturam a história e a fantasia. As lendas vão sendo contadas ao longo do tempo e modificadas através da imaginação do povo. Ao se tornarem conhecidas, são registradas na linguagem escrita. Do latim legenda (aquilo que deve ser lido), as lendas inicialmente contavam histórias de santos, mas ao longo do tempo o conceito se transformou em histórias que falam sobre a tradição de um povo e que fazem parte de sua cultura.

Características de uma Lenda:
- Se utiliza da fantasia ou ficção, misturando-as com a realidade dos fatos.
- Faz parte da tradição oral, e vem sendo contada através dos tempos.
- Usam fatos reais e históricos para dar suporte às histórias, mas junto com eles envolvem a imaginação para “aumentar um ponto” na realidade.
- Fazem parte da realidade cultural de todos os povos.
- Assim como os mitos, fornecem explicações aos fatos que não são explicáveis pela ciência ou pela lógica. Essas explicações, porém, são mais facilmente aceitas, pois apesar de serem fruto da imaginação não são necessariamente sobrenaturais ou fantásticas.
- Sofrem alterações ao longo do tempo, por serem repassadas oralmente e receberem a impressão e interpretação daqueles que a propagam.

Mitos, por sua vez, são narrativas utilizadas pelos povos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza que não eram compreendidos por eles. Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Todos estes componentes são misturados a fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram. Um dos objetivos do mito é transmitir conhecimento e explicar fatos que a ciência ainda não havia explicado.

Características de um mito:
- Tem caráter explicativo ou simbólico.
- Relaciona-se com uma data ou com uma religião.
- Procura explicar as origens do mundo e do homem por meio de personagens sobrenaturais como deuses ou semi-deuses.
- Ao contrário da explicação filosófica, que se utiliza da argumentação lógica para explicar a realidade, o mito explica a realidade através de suas histórias sagradas, que não possuem nenhum tipo de embasamento para serem aceitas como verdades.
- Alguns acontecimentos históricos podem se tornar mitos, desde que as pessoas de determinada cultura agreguem uma simbologia que tornem o fato relevante para as suas vidas.
- Todas as culturas possuem seus mitos. Alguns assuntos, como a criação do mundo, são bases para vários mitos diferentes.
- Mito não é o mesmo que fábula, conto de fadas ou lenda.

Alguns Mitos e Lendas Brasileiros
Bruxa: Figura carimbada nas histórias infantis, é uma velha de nariz e queixo grandes, com cabelos brancos e assanhados, vestida sempre de preto. Segundo a lenda, ela entra nas casas para carregar crianças que não querem dormir. Muitas vezes é confundida com a Cuca ou com outras personagens noturnas que desempenham o mesmo papel.

Cuca: Segundo a lenda, carrega as crianças inquietas, que não querem dormir ou que falam muito dentro de um saco e some imediatamente. A sua aparência é quase a mesma da bruxa, velha, cabelos brancos e enrugada. É um personagem criado no Brasil e está constantemente presente em cantigas de ninar.

Saci Pererê: Garoto negro de uma perna só, possui poderes mágicos através de seu gorro vermelho e se aproveita deles para fazer muitas travessuras com as pessoas que vivem ou passam pela mata. Caracteriza-se por usar sempre um cachimbo.

Mula-sem-cabeça: é a história de uma mulher que teve um romance com um padre e recebeu um castigo: todas as noites de quinta-feira, é transformada em um animal e sai galopando e soltando fogo pelas narinas.

Curupira ou Caipora: É a lenda de um anão que tem os pés virados para trás. Protege as matas e os animais. Algumas pessoas acreditam que ele é o responsável pelo desaparecimento de algumas pessoas nas matas brasileiras.

Mãe-d’água ou Iara: A palavra Iara/Yara é de origem indígena e significa “aquela que mora nas águas”. Provavelmente foi gerada na mitologia através do mito da Sereia. É uma mulher metade peixe metade humana, que atrai os homens com seu belo canto e os leva para os rios onde vive, no norte do país. Os homens que conseguem voltar de lá ficam loucos, e o encanto só é quebrado através do feitiço de um pajé.

Mãe-de-ouro: é a lenda de uma bola de fogo que indica onde se encontra o ouro. É conhecida também como uma mulher que vive nas cavernas e que atrai os homens casados.

Boitatá: Conta a lenda que foi uma cobra sobrevivente de um dilúvio que cobriu toda a terra. Por causa disso ele se escondeu em um buraco e seus olhos cresceram. Desde então, anda pelas madrugadas perseguindo viajantes noturnos e procurando restos de animais. Também conhecido como “fogo que corre” o mito do boitatá é de origem indígena e consiste na história de uma cobra de fogo que protege a natureza, perseguindo aqueles que a desrespeitam e até matando-os.

Lobisomem: Este mito não é exclusivamente brasileiro. Conta a história de um homem que por algum motivo foi mordido por um lobo e ao invés de morrer adquiriu a capacidade de transformar-se em um ser monstruoso, com características de lobo e de homem, e que ataca as pessoas nas noites de lua cheia. Há uma outra história a respeito do lobisomem: seria uma maldição para o sétimo filho de uma mesma mulher. Aos 13 anos ele começaria a se transformar no tal monstro e o encanto só se quebra quando alguém se aproximar dele sem que ele veja bater na cabeça do monstro.

Pisadeira: A lenda de uma velha que aparece durante a noite e pisa na barriga das pessoas que dormiram de estômago cheio, provocando nelas falta de ar.


Mito, Fábula  e Lenda.


Há, constantemente, confusões acerca da diferença entre mito, ídolo, lenda e fábula. Estes quatro gêneros são semelhantes em vários sentidos, porém observam-se pequenas divergências que fazem de seus significados algo a ser desenvolvido detalhadamente.

Nota-se, então, de acordo com Brandão (p.36), que mito é coletivo, é a palavra dita e é passado por meio das gerações, explicando o mundo. Além disso, também é ilógico e irracional, justamente porque tenta explicar o mundo e o homem. “... mito é um relato de um acontecimento ocorrido no tempo primordial, mediante a intervenção de entes sobrenaturais.” (Brandão, p.35). Apesar de trabalhar com a fantasia, não se considera o mito como uma ilusão, pois a história tem racionalidade.

A lenda também possui seu conceito confundido com o de mito, mas deve-se observar que esta não tem compromisso com a realidade, sendo apenas histórias sobrenaturais. Como exemplos, têm-se a mula sem cabeça, o saci pererê, o curupira, entre outros. (Disponível em: http://www.filosofiavirtual.pro.br/mitologia.htm). Brandão afirma que: “Lenda é uma narrativa de cunho, as mais das vezes, edificantes, composta para ser lida … ou narrada em público e que tem por alicerce o histórico, embora deformado.” (p. 35) Outro escritor, David Bellingham (p.6), diz que as lendas falam de “pessoas e acontecimentos verdadeiros”, porém às vezes se associa com o mito por conter elementos irreais, como encontro entre deuses e mortais, magias e monstros, entre outros.

Por último a fábula, esta que é conceituada como “uma pequena narrativa de caráter puramente imaginário, que visa a transmitir um ensinamento teórico ou moral.” (Brandão, p. 35). Pode-se diferenciar a fábula e o mito da seguinte forma: “Os heróis das fábulas eram muitas vezes homens e mulheres vulgares, em oposição aos príncipes e princesas dos mitos poéticos. Geralmente, a intenção social das fábulas era mais de ordem moral e monitória e não tanto religiosa e ritualista. Os mitos tendiam a surgir na forma de poesia altamente sofisticada, ao passo que as fábulas eram contadas como narrativas em prosa directas ou em poemas simples.” (Bellingham, p.7).

Fontes:
Mitologia Grega, Junito de Souza Brandão. 2 edição, editora vozes, petrópolis, 1986. 405p.
Introdução à Mitologia Grega, David Belligham, editora estampa, 129 p. 2000 Tradução: Isabelo Teresa Santos.
Titulo original Na introduction to Greek Mythology
http://www.filosofiavirtual.pro.br/mitologia.htm

terça-feira, 12 de junho de 2012

Exercício sobre Lógica



 01. Observe a tira do Recruta Zero, de Mort Walker, e responda as questões:
 
a) Por que a pergunta de Zero supunha uma resposta Lógica?
b) De que tipo é a reposta do general?

02. Qual a finalidade do estudo da Lógica?
03. (Fatec 2011) Aristóteles (384 -- 322 a.C.), filósofo grego, é considerado pioneiro na investigação sistemática da lógica. Em seus estudos, estabeleceu regras para relacionar proposições dadas (premissas) a uma conclusão. Um exemplo é o argumento válido, a seguir, atribuído a Aristóteles: (1,0)
                      Todos os homens são mortais.
                      Sócrates é homem.
                      Logo, Sócrates é mortal.
A validade de um argumento depende exclusivamente da relação existente entre as premissas e a conclusão. Portanto, a validade de um argumento resulta apenas de sua estrutura lógica (forma) e não do conteúdo do enunciado. Considerando verdadeiras as premissas:
           
Todo M é P.
Algum S é M.

Pode-se concluir que:
(_) Todo S é P.                   (_) Algum S é P.             
(_) Nenhum S é P.              (_) Algum M é não P.    

04. Assinale a alternativa que indica as três princípios básicas da lógica hoje dita aristotélica. (1,0)
(_) Principio da identidade (A=A), Principio da não contradição - nenhuma afirmação pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo - e o  Principio do terceiro excluído, segundo a qual A é A ou não é A.
(_) Principio do terceiro excluído, segundo a qual A é A ou não é A, e o Principio da razão suficiente: tudo o que existe tem a sua razão de ser.
(_) Principio da identidade (A=A), lei da razão suficiente: tudo o que existe tem a sua razão de ser.
(_) lei de bivalência, segundo a qual para toda proposição, ela ou a sua negação precisa ser verdadeira, a lei da não contradição.
 
"Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir” Dalai Lama!

Alunos: