terça-feira, 12 de junho de 2012

O Trabalho na Antiguidade Greco-romana.
            Nas sociedades greco-romanas o trabalho era hierarquizado. O trabalho braçal era visto como degradante e destinado aos povos dominados e considerados inferiores.                           
            Na sociedade grega, ao cidadão era proibido o trabalho braçal, já que ele deveria ter o tempo livre para se dedicar à reflexão e ao exercício da cidadania.    
            Em Roma, o império foi fundado na escravidão. Trabalhar, para o cidadão romano, era negar o ócio (negotium), negar o tempo livre e o lazer.                                      
            A Idade Média não alterou substancialmente o conceito de trabalho desenvolvido no mundo antigo.                             
A Experiência Medieval.                                                                      
            A Idade Média não alterou substancialmente o conceito de trabalho desenvolvido no mundo antigo.
           O trabalho servia como um meio de dominação social e de condenação a qualquer rebeldia à ordem instituída. A servidão era justificada pela ordem divina.        
           O ócio não era sinônimo de preguiça, mas de abstenção às atividades manuais para se dedicar a funções mais nobres, como a política, a guerra, a caça, o sacerdócio, isto é, ao exercício do poder.             Na sociedade estratificada medieval, aos servos cabiam as atividades agrícolas ou artesanais, obedecendo a um ritmo de trabalho próprio da economia de subsistência e na mais completa ausência de direitos políticos.

O Trabalho na Economia de Mercado                  
· No mundo moderno surge a instituição do sistema capitalista, com base na divisão da sociedade em classes sociais.
· O crescimento do mercado fez nascer um novo tipo de escravidão: o trabalho compulsório dos africanos nas colônias da América.
· Mas para as elites o trabalho livre era a forma ideal. Essa é por excelência a concepção burguesa da liberdade individual: ele é livre para usar a força de seu corpo e “escolher” o seu trabalho.
· Ocorre a separação entre o trabalhador e a propriedade dos meios de produção; entre o capital e o trabalho. Surge o trabalhador “livre” assalariado (dono da força de trabalho) e o burguês capitalista (dono do meio de produção).

A Ética Capitalista do Mercado.
·    Nasce com os modernos a ideia do trabalho como essência da natureza humana.
·    O trabalho que, até a Idade Média, era condenado como fator de enriquecimento pessoal, adquire na ética capitalista o sentido da salvação divina. A riqueza não é vista mais como um pecado, mas como vontade de Deus.
· Valoriza-se o trabalho como força passível de gerar riquezas. Sua finalidade principal é produzir riqueza a qualquer custo.
· A Reforma Protestante com M. Lutero contribuiu para reforçar o espírito capitalista. Ao ligar o trabalho à expiação e depositar na Providência Divina a determinação e sucesso das profissões, Lutero justificava o enriquecimento não como resultado da exploração do homem pelo homem, mas como fruto do esforço pessoal e da graça de Deus.
· Moralmente, ocorre a valorização do trabalho produtivo como sinônimo de progresso e salvação divina.
· Adam Smith afirmava que a riqueza de uma nação dependia da produtividade baseada na divisão do trabalho. O trabalho, então, passa a ser decomposto em tarefas específicas. O que estava em jogo era o fim da autonomia do trabalho artesanal e a reordenação dos trabalhadores nas fábricas.
· Desenvolve-se com a ordem burguesa de produção o corpo disciplinado, a ética do tempo útil, o trabalho produtivo.
· Nova moral: a valorização do trabalho produtivo como sinônimo de progresso e de salvação divina.
·    O tempo útil do trabalho produtivo deveria funcionar como um “relógio moral” que cada indivíduo levaria dentro de si.

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